[OPINIÃO] Não é a má educação da 'elite branca paulistana' que me preocupa
Descartemos as ofensas sofridas por Dilma Rousseff na abertura da Copa; vamos um pouco mais fundo
| categoria: opinião |
Já escrevi aqui a respeito das sonoras ofensas que a presidente Dilma Rousseff sofreu na cerimônia de abertura da Copa do Mundo Brasil 2014, evidenciando a diferença entre as vaias (legítimas, e apenas o mais doente dos petistas discordaria disso) e os xingamentos com palavras de baixo calão. Não escrevo este breve artigo para falar disso.
O PT não disfarça a pobreza de seus métodos. Veja bem que, tão logo foi possível, o ex-presidente Lula evocou na massa de manobra o velho e tão manjado duelo de classes. De repente, não se tratava mais de 'povo brasileiro', mas da 'elite branca paulistana'. Alguns apontaram: 'Vejam de onde partiram as vaias, dos setores mais caros!'. E, assim, a militância virtual do PT se torna, definitivamente, uma das coisas mais engraçadas que há na internet. Talvez, num dos shows mais recentes da banda O Rappa, a elite branca paulistana tenha se feito presente, a julgar pela quantidade de vezes em que a presidente foi homenageada. E na última formatura de alunos do Pronatec, na Bahia. E na partida entre Colômbia e Grécia, no Mineirão (para não citar, simplesmente, todas as demais partidas dessa Copa). Essa 'elite branca paulistana'... Danadinha.
Mas não é a má educação do que Lula chama de 'elite branca paulistana' que me preocupa. Me preocupa a proporção de sucesso desse método chinfrim de evocar a luta de classes e, com tal facilidade, obter sucesso. Não há reflexão do povo em escala satisfatória, as pessoas parecem apenas não notar a fragilidade dessa afirmação; compram-na, apenas. O mesmo povo que vai às urnas em outubro.
Fábio Pereira Ribeiro, neste blog da revista Exame, começa um texto sobre esse assunto citando Lênin. Reproduzo:
'Incitaremos o ódio de classes'. Assim, desta velha e sórdida forma, nesta pobreza de método, o Partido dos Trabalhadores cria pautas inacreditáveis à partir do barulho que faz o ruir de suas próprias bases. Se funciona? Funciona. Lula é, no mar de ignorância que se tornou o debate político brasileiro, um verdadeiro Deus, estrategista invejável.
- Fifa nega ter pedido isenção de impostos ao governo brasileiro
Quando você ouvir alguém elogiar a forma como o brasileiro nos estádios canta o Hino Nacional, lembre-se: é só a 'elite branca paulistana'.

| categoria: opinião |
Já escrevi aqui a respeito das sonoras ofensas que a presidente Dilma Rousseff sofreu na cerimônia de abertura da Copa do Mundo Brasil 2014, evidenciando a diferença entre as vaias (legítimas, e apenas o mais doente dos petistas discordaria disso) e os xingamentos com palavras de baixo calão. Não escrevo este breve artigo para falar disso.
O PT não disfarça a pobreza de seus métodos. Veja bem que, tão logo foi possível, o ex-presidente Lula evocou na massa de manobra o velho e tão manjado duelo de classes. De repente, não se tratava mais de 'povo brasileiro', mas da 'elite branca paulistana'. Alguns apontaram: 'Vejam de onde partiram as vaias, dos setores mais caros!'. E, assim, a militância virtual do PT se torna, definitivamente, uma das coisas mais engraçadas que há na internet. Talvez, num dos shows mais recentes da banda O Rappa, a elite branca paulistana tenha se feito presente, a julgar pela quantidade de vezes em que a presidente foi homenageada. E na última formatura de alunos do Pronatec, na Bahia. E na partida entre Colômbia e Grécia, no Mineirão (para não citar, simplesmente, todas as demais partidas dessa Copa). Essa 'elite branca paulistana'... Danadinha.
Mas não é a má educação do que Lula chama de 'elite branca paulistana' que me preocupa. Me preocupa a proporção de sucesso desse método chinfrim de evocar a luta de classes e, com tal facilidade, obter sucesso. Não há reflexão do povo em escala satisfatória, as pessoas parecem apenas não notar a fragilidade dessa afirmação; compram-na, apenas. O mesmo povo que vai às urnas em outubro.
Fábio Pereira Ribeiro, neste blog da revista Exame, começa um texto sobre esse assunto citando Lênin. Reproduzo:
“Usaremos o “idiota útil” na linha de frente. Incitaremos o ódio de classes. Destruiremos sua base moral, a família e a espiritualidade. Comerão as migalhas que caírem de nossas mesas. O Estado será Deus“.
'Incitaremos o ódio de classes'. Assim, desta velha e sórdida forma, nesta pobreza de método, o Partido dos Trabalhadores cria pautas inacreditáveis à partir do barulho que faz o ruir de suas próprias bases. Se funciona? Funciona. Lula é, no mar de ignorância que se tornou o debate político brasileiro, um verdadeiro Deus, estrategista invejável.
- Fifa nega ter pedido isenção de impostos ao governo brasileiro
Quando você ouvir alguém elogiar a forma como o brasileiro nos estádios canta o Hino Nacional, lembre-se: é só a 'elite branca paulistana'.
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